Spirit Circle
6
Vann, parte 2
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pág. 01
*Capítulo 6 - Vann, parte 2*
*Um cavaleiro? Esse bêbado?!*
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- Prazer, rapaz.
- Eu ouvi as notícias.
- Sim... graças a essa cicatriz.
- Me disseram que eu estava amaldiçoado e não poderia continuar na casa Flantyr...
Não tem nem mesmo lugar dentro da Ordem...
- ...é mesmo uma pena.
Pegue isso.
- É do seu pai. Gaste com cuidado e irá durar por muitos anos.
- Obrigado.
*Um último presente...
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- Eu conheço o seu pai há muitos anos,
e eu o considero um irmão pra mim.
- Não importa o que aconteça, isso vale pra você também, Vann.
Se precisar, pode vir falar comigo a qualquer momento.
- Agradeço.
- Eu sempre te admirei e me importei com o senhor também.
- Em outra vida, talvez eu te chame de filho.
- A igreja não gosta de tais crenças, milorde.
- Ha! Eu tenho que tomar cuidado pra não ser castigado novamente!
*Ha ha ha!*
- Ha ha...
- Posso ir, milorde?
- Aonde você vai?
- Eu acho... que para o mar.
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*Eu vaguei por meio ano*
*Antes de começar a minha nova vida, por assim dizer, nesse lugar.*
*Pescava peixes do mar e caçava coelhos nas matas.*
- Profundo e enorme como sempre...
que visão.
*Eu passava os dias praticando minhas habilidades com a espada...*
*E me entregando à bebida.*
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*Eu não precisava de dinheiro, então eu o usava pra encher o meu copo.
Quando me aventurava pela cidade, eu usava bandagens no rosto para esconder a cicatriz.*
*Mesmo assim era o suficinte para incomodar aqueles que cruzavam o meu caminho.*
*Eu ganhei essa ferida por ter matado um servo do mal,*
*Eu não deveria carregar isso com orgulho...?*
*...Não.*
*De alguma forma,
eu não consigo pensar desse jeito.*
*Amaldiçoo você! Amaldiçoo a sua honra!!*
*Carregue essa marca para sempre!!*
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- Isso é culpa dela!!
Tudo isso!!
- Maldita!!
Ela fez isso!!
Desgraçada!!!
- Hff
- Hah
- huf
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*haa*
*puff*
*schsssssh*
*Alguns anos mais tarde, chegaram a mim notícias da sucessão do meu irmão...*
*E da morte do meu pai.*
- Quando eu for mais velho, papai, eu vou trabalhar na sua loja!
- É? Você será de grande ajuda para o seu irmão, sem dúvida.
- Não, papai! Eu serei o dono!
- Alas, você é o mais novo, certo?
- Então... uma nova filial!
- Ah! Ótima ideia!
*Que ele descanse em paz.*
- Você aí,
- Leproso.
- !
pág. 08
- Você é Vann Flantyr, certo?
- Hora de morrer. Nada pessoal.
- Hã?
- Um assassino?!
*swssh*
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- Hn?!
- Urgh!
*Deus! Foi por pouco!
pág. 10
- hah
- hah
- Droga, você ainda pode lutar!
- Eles disseram que os seus dias como cavaleiro haviam acabado...
- E você
- tem uma boa esgrima pra um vilão traiçoeiro.
- Meu irmão enviou você? Ele deve ser o senhor Flantyr agora.
Eu não tenho o direito de saber?
- Quanto ele pagou a você?
pág. 11
- Hã?
bem, bem...
- Eu não posso te contar isso.
- Qual é o seu preço?
Eu te pagarei mais.
- Esqueça sua missão e permaneça ao meu lado,
e nunca lhe faltará uma moeda.
- Que?
- Isso não lhe agrada?
- Então vamos lutar,
- mas não espere misericórdia.
- Ha!
Bastardo maluco!
- Até mesmo pra um mercenário, esse é um convite raro!
- Pois bem!
Eu serei um esplêndido cavaleiro, milorde, certamente!
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- Meu nome é Stihl...
"Milorde".
- Não faça seus juramentos desse jeito.
*Deixar o Stihl bêbado servia para acalmá-lo.*
*Meu irmão de fato quis me matar.*
*Ele me viu, o filho mais velho, como uma ameaça, sem dúvida.*
*Mesmo eu tendo renegado quem eu era, ele não se sentiu à vontade por eu fazer parte da família...
Pelo menos é o que parece.*
- E cuidaaaaado ao vender floooooreees
- Os bulbos entre suas pernas nunca devem ser oferecidos ♪
- Gah ha ha!
- Você tem um gosto estranho pra música!
- ...ela veio à minha cabeça por acaso.
- Não preste atenção nisso.
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*Meu irmão, buscando minimizar as despesas com os assassinos,*
*Enviava só dois ou três por vez.*
*De tempos em tempos éramos caçados.*
*De tempos em tempos derrotávamos eles.*
*Bebíamos ociosamente,*
*Comíamos coelho e peixe,*
*E aperfeiçoávamos nossas habilidades.*
*Ameaçado pelos assassinos e perseguido pelo traiçoeiro Stihl...*
*Eu vivi os meus dias.*
- Ei, estamos sem bebida! Traga o seu dinheiro!
- De novo? Se o oceano fosse de vinho, você já teria o secado!
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- Você tem o seu salário, deveria cuidar melhor dele.
- Que vergonha, milorde. Você é ambicioso demais.
- Ho! E o que temos aqui?
- Um sermão público, aparentemente.
- Deus não vê e não ouve!!
- Ele não julga, porque ele não é nada!
Só os homens podem julgar os homens!!
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- Não se iludam, orgulhosos pecadores!!
- Não sejam seduzidos pelas mentiras da igreja!!
- E o que você sabe!?
- Palavras perigosas, padre!
- Silêncio!!
- Ouçam e poderão ser salvos, rebanho imbecil!!
- Ouçam!
Que sua carne seja o seu templo e o coração o seu Deus!!
- Como se atreve!!
- Tirem ele dali!
- Ele vai pagar por suas palavras!
*pisca*
*pisca*
- Palavras imprudentes para se dizer à igreja.
Que padre estranho.
- Pode ser um peregrino que ficou louco por causa da fome, talvez.
- Hm?
- Um garoto?
- Saiam da frente!!
- E lá vem o padre!
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- huh
- Ele machucou você, garoto?
- Ele foi por esse caminho! Atrás dele!
- Quê?!
- Vocês aí!! Alguém passou por aqui?!
- Waaaaah!! Ele me derrubou e correu!
- Vamos lá!!
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- Companheiros, é?
- Nós testemunhamos um plano incrível...
- !
- Temos visitantes?
- Ho!
Nossos inimigos estão ficando corajosos!
- Então essa é a sua casa?
*Nos encontramos de novo*
- Poderia nos conceder um pouco de hospitalidade?
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- Vá embora, gigante.
- Nós não temos lugar pra esconder um titã.
- Eu posso pagar.
- Um antigo cavaleiro não pode ignorar aquilo que ele precisa.
- Longe de nós recusar um homem religioso.
- Eu sou Glass, um padre não consagrado viajante.
- Minhas bênçãos a vocês.
- Eu sou o discípulo dele, Cielo.
- Não consagrado? Você não foi reconhecido?
mas você carrega o livro sagrado deles...
- Eu não tenho todas as respostas, mas tenho isso a dizer...
- Eu o roubei!
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- BWA-HA-HA-HA!! Um homem de muita impetuosidade... e estupidez!!
- Meus verdadeiros perseguidores não são as massas ignorantes,
- E sim a igreja!
- Eu mudei de ideia! Vá embora!!
- Acalme-se! Nós não devemos ficar por muito tempo.
- Não temos nada que agrade a um padre! Nada além de peixes e animais selvagens!
- Que maravilha!!
- Os meus dois favoritos!!
- HAHAHAHA!! Nós convidamos um brincalhão pra ficar aqui!
HA HA HA!!
- Vilão!! Fraude!!
*Apesar do que tinha dito,*
*Eles ficaram por mais um dia... e mais uma semana, um mês...
e então...*
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*Os anos se passaram...*
- Uma maldição? Uma bruxa? Que tolice.
- É só olhar à sua volta, que infortúnios você vê?
*Por sorte, nós não vimos nenhum sinal de assassinos da igreja.*
- Estou dividindo o meu copo com dois deles nesse momento!
Expulso de casa, perseguido por assassinos... o que eu tive além de dias amaldiçoados em minha vida?
*Embora já faça um tempo desde a última vez que o meu irmão enviou assassinos...*
- Ah, mas esse é o trabalho dos homens! Sua superstição te cega!
- Exatamente! O mal que habita no coração dos homens nasce por suas próprias mãos, e não por outras forças.
Magia e milagres são coisas de loucos e idiotas.
- Talvez. É, talvez.
Mas talvez a sua falta de convicção seja o que faz todas as suas palavras pareceram iguais?
*Nós bebemos em paz, dia após dia.*
- Você duvida da devoção dele, milorde? Você se lembra da quinzena passada quando você tomou a última jarra de vinho?
Ele tem fé o bastante no bom Deus pra amaldiçoar o seu nome, certamente!
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- De mais quantas provas você precisa?
- Então você acredita em maldições no fim das contas.
- Gah ha ha ha ha!!
*Cielo era o único que não bebia.*
- A sopa está pronta!
- Deixem o vinho de vocês de lado e entrem!
- Estamos indo!
*A nossa vida juntos continuou por um bom tempo.*
*Uma vida de dias incômodos e fétidos.*
*Stihl era um bastardo degenerado,*
*Movido apenas por dinheiro e sem orgulho algum em seu nome.*
*Quando os assassinos pararam de vir, eu também parei de pagá-lo,*
*Mas ainda assim ele abusou da minha hospitalidade.*
*Um trapaceiro sem nenhuma vergonha e futuro.*
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*Ele encontrou o seu fim em uma briga de bêbados,*
*E minha casa ficou um pouco mais quieta.*
*Glass era um blasfemo e um comilão.*
*Ele partilhava suas ideias tolas tão livremente quanto partilhava de meus copos.*
*Ele pegava o seu livro roubado e pregava apaixonadamente como qualquer um,*
*Mas começou a ficar cansativo ouvir os seus contos sobre os crimes da igreja.*
*Um dia quando estava bêbado, ele pulou dentro do poço.*
*E minha casa ficou mais calma.*
*Cielo era um incômodo e um reclamão.*
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*Ele era o puritano que seu mestre não sabia ser. Ele não bebia uma gota de vinho e estudava os livros sagrados nas horas livres.*
*Ele se encarregava das tarefas,*
*E nos repreendia a cada erro nosso com a língua mais afiada que você poderia imaginar.*
*Após a morte de Glass, o garoto pegou os pertences do seu mestre e me agradeceu por ter cuidado deles,*
*E retornou para o lugar de onde eles vieram.*
*Idiota... era eu que estava agradecido, a cada um deles.*
*E então, mais uma vez minha casa era só minha.*
- E você deve ter cuidado com os caçadores nas matas... ♪
- Se pelo caminho se perder uma donzelaaaaa, quem se tornará a presa será elaaaa ♪
pág. 24
- Ach, está frio hoje.
- É melhor buscar lenha.
- nhaaaaaa
- waaaah!
*Um bebê?!*
- ......
- hã?
*Continua...*
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